domingo, 20 de fevereiro de 2011

Marias

Maria ria, de tão má a vida
era que mais ria.
Ria, o porquê da sangria
da falta de água na pia

O choro engolia
e nada se comia
o filho partia, partia Maria

O deserto se via
o bicho grunhia, e logo morria
Maria só pedia, pedia, pedia
nem deus, nem homem atendia

O destino a aturdia
logo se via
ali a vida sucumbiria

Nada adiantaria
acabaria com a agonia 
para longe caminharia
marcando os pés magros na rocha fria

Com cansaço ela subia
sua vida entregaria
sincera, Maria ria

3 comentários:

  1. Linda poesia, meus parabéns. E fico feliz ainda por ter ouvido ela de você na Cooperifa e por pedido minha opinião, assim que a fez... se lembra disso? Eu me lembro.

    Bjs e sucesso nesse seu novo blog.

    Com carinho,

    Marcelo

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  2. Querido Marcelo obrigado pelas palavras carinhosas. É sempre bom saber a opinião de pessoas sensíveis, sobre poesias...
    Sucesso para nós!

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  3. LINDO!!! Angelina vc ta se superando!!
    Amei essa!
    "nem Deus, nem homem atendia...E mesmo assim Maria ria"

    Mto bom!
    Parabéns!!!!

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