quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Tantin

A pia pinga
a fome aperta
penso:"Ai que fadiga"
Tomara ser a pobreza incerta

Hoje pão com ovo
amanha pão com nada,
depois começa de novo
peleja na estrada.

É igual no mercado, 
é igual no bar,
contando as cervejas 
que eu posso pagar.

Já parei pra pensar
com o que eu posso pagar
Com poesia e talvez ate cantar,
mas se eu nao posso pagar em dinheiro
nem me deixam falar

Porque aqui nesse lugar
só vale o que voce tem
então se eu nao tenho nada
sinal que não sou ninguém

Um comentário:

  1. Um dia, ao ler um texto maravilhoso da Elizandra Sousa (Mjiba, poeta, exemplo de mulher) perguntei de onde vinha tanta idéia, tanta verdade, tanta coisa boa...

    Pergunto a mesma coisa... Experiência viva da poeta ou simplesmente olhar, aquele profundo e puro olhar...?

    (fica a pergunta pra tamanha sensibilidade)

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