quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Mórbidos


Nenhum sofrimento é tão dilacerante
Quanto o do próximo sendo massacrado
Diante dos nossos olhos

Ideais construídos com tanta luta e sacrifício
No decorrer daquelas vidas
Não são compreendidos por nós

Nossas vidas custaram uma chuva
De sangue, sofrimento e revolta
Que hoje é ligeiramente esquecido

Extinto de nossas memórias
Que são cobertas por acontecimentos
Intensos de individualidade e conseqüentemente
Sem nenhum valor póstumo


Angelina Miranda
17/04/07

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